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"A gente falava com os rapazes, praticamente só nos bailes. Apenas quem namorava firme conversava no portão ou dentro de casa e sempre policiados pela família. Não pense que era como hoje!Então, o baile era a hora de conversar com o namorado. Vinham tirar a gente, depois traziam de volta para o lugar. Quando ele queria conversar a sós com a moça, mas diante de todos os olhos que estavam em volta, tirava a moça e, ao terminar a música, os dois permaneciam no meio do salão. Daí, ao voltar à orquestra, os dois tornavam a dançar e dançavam a noite inteira. Se ele levasse a moça para sentar, vinha outro e tirava. Para evitar isso, os dois ficavam lá e isso já era um início de namoro ou namoro mesmo. Formavam o que chamávamos de par efetivo. O flerte era coisa de olhar de longe. O footing*, tenho poesia que fala disso, acontecia quando as moças, em bando, vinham num sentido da rua, e os rapazes noutro. Passeavam na rua XV para lá e para cá. Cada um olhava para o seu, imagine só! Isso hoje em dia seria a coisa mais ridícula. E a gente ia para casa e sonhava, porque o rapaz tinha olhado pra gente."
Helena Kolody. Série Paranaenses, n.6. p. 43.
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